quinta-feira, dezembro 01, 2011

“I’ll do anything to make you stay”

Olhou-a nos olhos. O olhar dela era profundo, intenso, claro, malicioso. Não resistiu à força do olhar: desviou seus olhos azuis dos castanhos. Sentiu medo sem saber por quê. Por que se sentia tão intimidada sempre que a outra estava por perto? Em sua ausência, sofria, conversava mentalmente com ela, sentia seus braços clamando por ela. Mas, quando seus sonhos se aproximavam da realidade, ficava paralisada, em pânico. Era como se ela fosse uma presa, e a outra, predadora. Não gostava de se sentir tão vulnerável.

Mas era pior estar sem ela. Direcionou seus olhos aos dela, que a olhavam ansiosos, curiosos. Hesitante, segurou uma de suas mãos. Sentiu-se infantil pelo contraste do contato: enquanto a outra tinha o toque suave e tranqüilo, ela tremia, gelava. Então, a outra deu aquele sorriso sem-graça, como se quisesse encorajá-la dizendo que estava tão envergonhada quanto ela. Derreteu-se. Retribuiu com um meio sorriso e corou. E nada mais importava a nenhuma das duas.

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Aula de História da Filosofia, 30/11/2011.

2 comentários:

disse...

volta a escreveeeeer, desencalha seu livroooo! hahahaha
muito bom o texto! :D

Anônimo disse...

OMG, me lembrei dos textos do Victor! ^^