terça-feira, julho 15, 2014

Gente grande?

Apesar de postar muito pouco por aqui (cada vez menos), acho que meus posts recentes têm seu mérito. Quando comecei o blog, postava qualquer abobrinha que achasse interessante e/ou quando queria "bater o ponto". Com o tempo, o conteúdo foi ficando mais "maduro", ou seja, menos bobalhão, com questões minhas que estavam de alguma forma me sufocando. Não que eu não tenha mais questões assim, mas tenho com quem dividir, aprendi a lidar com o que não tem resposta e, infelizmente, confesso que desconto um pouco na comida. Eu sempre fui sincera aqui (por mais que muitas das minhas questões tenham ficado escondidas no Rainbow Daily ou para mim mesma), então seria hipócrita esconder essa situação agora.

(Enfim, esse parágrafo saiu um pouco no estilo pai-de-santo, como costumava brincar quando escrevia um post sem nem pensar direito. Deu para perceber que estou um pouco nostálgica?)

A nostalgia tem motivo. Nas férias, sempre resgato coisas pendentes, arrumo papéis, fico repensando o que posso melhorar no próximo semestre e... Fico de pernas pro ar. 
Parte de mim gosta de ficar de bobeira, é verdade. Mas outra parte odeia esse "não aconteceu nada hoje". Talvez o que mais me entristece é que eu não quebro esse ciclo de não fazer nada! Esse lance de se auto-sabotar é mesmo uma merda (perdoem o palavrão).

(  /\ Outro parágrafo pai-de-santo.)

O que eu vim mesmo escrever é sobre a ausência dos meus pais. É muito estranho não ter saído de casa, e sim ter os pais nessa situação. É o meu lar, não consigo me imaginar morando numa república ou algo do tipo. Mas essa mudança é pouco usual, falem sério. A casa não é minha, nem do meu irmão. Os donos da casa não estão aqui, e ainda por cima pagam as contas. Até que ponto posso deixar a casa como EU quero? Até que ponto posso receber visitas sem invadir o espaço dos meus pais (que não estão aqui) e do meu irmão (que está aqui)?
Minha mãe vem mais ou menos uma vez por mês, fica uma semana e depois vai embora. Meu pai só pode ficar durante o final de semana, por causa do trabalho.
Quando a família se reúne, fazem planos: comprar uma cama nova para mim, que estou com a minha quebrada. Mas, peraí, daqui a pouco não sou eu que saio de casa? Não é melhor deixar a cama pra lá?

Acho que toda essa situação está me confundindo e me deixando inquieta.
Sou adulta, mas tenho muito que aprender. A responsabilidade pesa, faz com que me sinta muito velha e muito nova ao mesmo tempo. E me cansa, essa é a verdade.

Bem, uma coisa eu tenho certeza: mimo é bom demais. É muito bom ver a família e ficar passeando, sem as cobranças de morar junto. Como minha mãe disse ontem, é a maior rasgação de seda.
(Fora os mimos dos avós!)

Bjmordida

PS: A Bella me ajuda pra caramba. Depois não sabe porque a amo tanto!
PS2: Esse post seria falado numa mesa de bar, tenho certeza.