sexta-feira, janeiro 24, 2014

Apática

A Carol R.C. me lembrou sobre a época que eu escrevia com mais frequência no blog. É um pouco decepcionante perceber que o número de postagens vêm diminuindo com o tempo. Espero que eu não pare de escrever aqui tão cedo, porque boa parte da minha história está nesse blog.

Bem, boa parte da minha história.

Acho que uma outra parte ficou faltando, por conta da vergonha, do medo de ser repreendida, pela minha própria confusão. Ou, atualmente, pela pouca vontade de falar sobre mim, seja por não querer me expor, seja por não querer pensar nas coisas. A verdade é que encarar a tela em branco de um blog me tira da minha zona de conforto. Fora que às vezes também sou muito preguiçosa.

Falando em preguiça, sinto que minhas férias têm passado um tanto vazias. Eu não tenho tido vontade de sair, então, sempre que me sinto sozinha, convido as pessoas para virem aqui. Cá entre nós, adoro receber visitas.

Agora estou morando sozinha com meu irmão, pois meus pais se mudaram para Brasília. Nosso espaço pouco mudou, mas a rotina é completamente diferente. Agora tenho que cozinhar, cuidar da casa. E sei que uso isso como desculpa para mim mesma para não sair. Entretanto, eu acabo não fazendo muita coisa, ficando a maior parte do tempo vendo TV ou mexendo no computador. As coisas até melhoram quando a Bella vem aqui, mas também tenho que me preocupar para não invadir o "espaço do meu irmão", o que é um saco.

Eu quero ter força de vontade para fazer as coisas, mas parece que o cansaço de 2013 pesa em mim, fisica e emocionalmente falando. Estou me sentindo fraca.
Muitas coisas aconteceram ano passado, e poucas coisas eu disse/quis dizer sobre tudo isso. Aos poucos, vou me expressando. Talvez muito mais devagar do que deveria.

O que eu quero para 2014 e além?
Quero que as coisas fiquem bem.

Bjmordida

quinta-feira, janeiro 02, 2014

2013

(Era para ser um texto do dia 31, mas não tive tempo nem cabeça para escrevê-lo)

Posso resumir 2013 com uma palavra: UFA! Foi um ano difícil. Um ano cheio de encontros e desencontros comigo mesma e com o resto do “mundo”.

Afastei-me do que antes considerei benéfico e abracei o desconhecido. Posso dizer que fiquei um tanto desconfiada com a vida. Afinal, quem se importa com o que se passa na minha vida?! Por conta disso, preferi ficar (mais) quieta. E me surpreendi com pessoas que não imaginava. Sabe uma conversa que você conta um “causo” e depois vai embora? Fiquei surpresa por saber que muitos desses “causos” foram lembrados, mas me senti um tanto egoísta por não lembrar tanto dos que foram contados para mim.
Bem, acho que estou me precipitando.

Trabalho novo. Cheguei a ter dois empregos. Descobri que dinheiro é bom, mas não compra satisfação. Ser bem acolhida e receber votos de confiança são coisas maravilhosas (principalmente depois de te fazerem acreditar que você não é tããão capaz assim). Ser reconhecida e ainda me divertir são o verdadeiro pagamento (e compensa o estresse).

 Na faculdade, um certo professor me ensinou que elogiar é bom. Nos trabalhos, aprendi que isso, na verdade, é fundamental (e faz um bem inimaginável!). E, nesses três lugares, a ideia de respeito já ensinada em casa foi reforçada. Parece óbvio e repetitivo, mas respeito é bom e todo mundo gosta. 

Também aprendi que é preciso apostar no que se acredita, além de ter fôlego para perseguir o que se quer. E, por mais que pensem que é estupidez dizer isso, uma situação pode contagiar e muito os que estão ao seu redor. “Eu quero!” pode virar um “Nós queremos!” tanto quanto um “Eu não consigo!” pode vir a ser um “Nós não conseguimos!”. Diante desse contágio, é preciso ter calma e não se deixar abater. Muitas vezes a vida vai exigir que você dê aquilo que você nem acredita que tem. Ter calma e não se cegar pelo medo ou fraqueza ajuda a reunir forças para dar o seu melhor. E, acredite, esse melhor É melhor do que você pensava que poderia dar.

Ser companheiro(a) também é essencial. Se você preza por alguém, deve dizer ou demonstrar nem que seja com um olhar. E, se esse alguém passar por dificuldades, aí mesmo que você deve estar do lado. Não digo que devemos nos submeter, mas sim abrir mão de nossas banalidades para dar o mínimo que essa pessoa precisa. Entretanto, não devemos nos conformar e achar que já fizemos tudo o que deveríamos. Não se trata de “você”! Coloque-se no lugar do outro e pense: “Se eu fosse ele(a), isso atenderia às minhas necessidades?”. Posso dizer também que é nos momentos de sofrimento que valorizamos um sorriso, principalmente se for seguido de uma gargalhada.

Como ensinamento final dado pelo meu ano, diria que é indiscutível que todos nós erramos. Pedir desculpas é o ideal, mas, caso não tenhamos coragem, é preciso refletir sobre aquilo e tentar não repetir. Também é preciso ter noção de que nem sempre nossos erros são apagados, então é preciso ter paciência e humildade para lidar com esse tipo de frustração.

Agradecimentos especiais aos meus pais e meu irmão, que estão sempre ao meu lado mesmo quando não me faço acessível; à Isabella, minha maior companheira; aos familiares, pelos momentos de diversão e carinho; às minhas alunas e ao CCAA Botafogo, pelo carinho, dedicação e credibilidade; à UFF, que tanto me ensina e que me proporciona pessoas maravilhosas para conviver (não vou citar ninguém, porque gosto de muita gente hahaha) e aos amigos antigos, que me apoiam mesmo quando não peço.

2014 já promete um primeiro desafio, que é ter a ausência física dos meus pais. "Força na peruca!"

Enfim, feliz 2014 para quem teve tempo, disposição ou apenas paciência para ler minhas reflexões. E para quem não leu também! (Poderia ter sido maior. hahaha Felizmente, acho que aprendi muito!)