Às vezes, pensar muito tem suas desvantagens. Estudando psicanálise, talvez a coisa piore.
Tenho pensado muito em cortar o cabelo de maneira radical (o tal undercut), mas tenho medo. Medo que eu acho que sinto por não saber de onde vem essa vontade. Sempre que sinto uma mudança em mim, eu tenho pelo menos noção de onde ela vem. Mas a vontade do corte é por pura vontade.
Como ligo isso à psicanálise? Simples: nada é "por acaso". Se não tenho consciência do porquê, o que é que tem no meu inconsciente? O que o tal corte representa? Eu preciso saber o porquê? Às vezes penso que sim, às vezes penso que não...
Nos meus pensamentos, mudar é tão fácil. Principalmente quando a mudança dificilmente sairá dos planos. Quando a coisa pode se tornar real, fico com medo.
Afinal, é assim com todo mundo?
Nós deveríamos temer o que há no nosso inconsciente?
Tenho procurado sempre mudar para melhor. Mas o que isso significa? Será que realmente estou mudando?
Penso demais sobre a vida, mas isso acaba me decepcionando em alguns aspectos. Quando procuro mudar para melhor, fico um tanto decepcionada ao ver que as pessoas não me acompanham. Há o machismo, a homofobia, a ignorância, a sujeira, a impaciência... Ter que lidar com isso também requer mudanças, e uma espécie de treinamento. Acabo me perguntando se não estou cada vez mais me conformando com as coisas em busca de maior paz interior.
Quando você vê um problema, principalmente em alguém que você ama, e "abre o bico", a pessoa sempre fica um tanto... "inconformada" com sua visão.
Ao mesmo tempo, me pergunto qual é o meu direito de tentar mudar alguém. E, talvez, se eu tenho o dever de ao menos dar um pedaço do que penso para o outro. Mas o que me garante que o que EU penso é realmente bom para as pessoas?
Claudete, minha professora de Literatura do terceiro ano, uma vez disse:
"A mudança vem da inquietude."
Mas e a paz interior? Vem da "não-mudança"?
A faculdade tem me feito um bem danado neste período. Ou será que não? haha
Bjmordida y'all.
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