Não há nada pior do que o desejo de ser infinito, eterno.
Pior que há: O desejo de que nossas relações sejam assim.
Não falo só de amor. Falo também de amizades, lugares (ou parece tão absurdo ter uma relação com um lugar?). - Bem, sei que amizade e lugar se encaixam em amor, mas resolvi deixá-los separados, para não restar dúvidas sobre aquilo que escrevo
Por que é tão ruim e doloroso quando algo não dura por muito tempo? Por que precisamos estar amarrados?
Estou começando a pensar que as relações não são laços, são fluídos. Emitimos energia o tempo todo. A partir de nossas mudanças, essa energia também muda. E, de repente, não estamos mais em sintonia com aquilo que gostávamos. A relação não flui como antes. A troca de energias se torna diferente.
Talvez seja porque nossas relações estão baseadas em lembranças, não no momento.
Talvez aqueles que dizem que a falta de memória é algo bom estejam certos.
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Aula de Epistemologia e História da Psicologia, 24/11/2011.
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