Fazia tempo que não escutava Metal Contra As Nuvens.
Milagrosamente, em alguma madrugada antes de dormir, estava ouvindo meu mp3. Tinha parado de fazer isso, com medo de perder o sono. Fiquei com vontade de ouvir esta música. Foi uma das melhores coisas que fiz há muito tempo.
Já no final da música, na parte mais bonita, Renato Russo canta "Tudo passa, tudo passará". Confesso que nunca concordei com essa frase, mas acho que era porque pensava nela da maneira errada. Sim, tudo passa. Tudo passará. A verdade me inundou no momento que entendi o sentido da frase. Pensava que isso tudo era absurdo, já que a minha "condição" não passa, nem passará. Mas aí é que está: A "condição" faz parte de mim. Se você arrancá-la de mim, ficará um buraco e todo o resto ficará deformado, na tentativa de preencher o vazio.
Características não são situações. O "tudo" é isso. Tudo. Tudo menos você.
A minha "condição" não passou, mas a situação sim. Não sinto mais aquele aperto no peito, aquele nó na garganta. Quero dizer, sinto sim, mas eu
sei que tudo vai dar certo no final. Não importa o tempo que leve. Sabem por quê? Porque tudo passa. Tudo passará. E sempre vai ser assim. Tudo passa, mas o amor incondicional fica. Quando o elo existe de verdade, ele não se desfaz, não quebra. Senti meu coração mais leve. Sorri e chorei. Não chorei de tristeza, chorei de alegria. Alegria por poder respirar, alegria por viver, por ter uma vida boa. Bobo, não?
O amor é lindo, sabe?
Estou escrevendo este post como lembrete, para quando a dor for grande, quando eu não tiver esperança. Ana, tudo passa.
"Temos que sorrir muito e viver muito."E, (in)felizmente, coisas boas também passam. Não falo de amizades, falo de rotina, de convívio e tudo mais. Hoje foi um tipo de soco no estômago. Muitas coisas estão por vir. E só estou no meio do caminho. Olho para trás. Alguns acham que estou olhando para um lado, mas estou olhando para o outro. Já não sinto mais saudades do colégio. Aliás, faz um bom tempo que não. Estou aqui, pronta para seguir meu caminho. Desconhecido. Imagino que ele seja percorrido na água, pois, ao mesmo tempo que ele pode me afogar, ele pode ser muito agradável. Espero que eu esteja leve o suficiente para boiar. Afundo na água, pensando que estou com um peso me puxando para baixo. Não tem nada me puxando. Vou sentir falta de percorrer um caminho "largo". E esse é o tal peso que me puxa. Eu adoro estar enrolada com tantas coisas para fazer, com tantos lugares para ir, tantas pessoas queridas por aí. Não sei como será a partir de agora, mas espero não me sentir sufocada. Porque, apesar de estar lotada de coisas para fazer em/para diversos lugares, isso me sufoca menos do que estar num lugar só, fazendo uma coisa só. Veremos.
Enfim, é isso aí.
Bjmordida.
PS: Desculpem não estar comentando nos seus blogs...
PS2: Se você não entendeu o post, leia de uma forma mais "leve", tentando enxergar de longe. Se, ainda assim, não entender, não me pergunte, porque não vou explicar.