quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Noites inquietas e suas confissões

Cá estou eu, no início da madrugada. Deveria estar dormindo, já que amanhã tenho que trabalhar. Mas, como nas noites anteriores, não consigo pegar no sono (ou melhor, o sono vem e... nada de adormecer).
Começo a fazer suposições a respeito de minha saúde: será que estou usando muita tecnologia antes de dormir? É possível. Será que é porque meus dias estão muito parados/sem gasto de energia? Também é possível. Será que estou assim porque nos últimos dias consumi açúcar/carboidrato/cafeína pouco antes de dormir? Será meus pensamentos inquietos a respeito da vida? Será que é a claridade do meu quarto, já que estou sem cortina? Há tantas possibilidades. Pode ser tudo junto. Resolvi, então, tentar aliviar os pensamentos para ver se funciona.
Assisti ao documentário da Cássia Eller. Deu vontade de ser uma daquelas pessoas que encantam as pessoas. A Eller encantava ao cantar, Não sei bem como encantaria as pessoas. Talvez com minhas palavras. Isso soa extremamente presunçoso, é verdade. É o mal da minha geração. Fomos criados para nos sentirmos especiais. Bem, acho que no meu caso a coisa foi um pouco diferente. Minha mãe repassou bem um ensinamento que aprendeu com minha avó: "Ninguém é melhor do que ninguém.". Talvez (talvez) minha vontade seja ligada a um certo "complexo" recente meu. A sensação de ser invisível pelo meu tamanho. Isso soa forte demais ao colocar em palavras. Acho que a Ana de antigamente tirava isso de letra pelo jeito brigão. Estou amolecendo e sinto que estou um pouco mais vulnerável por conta disso. Quero dizer, eu não tenho problema em ser pequena. Minha mãe me criou dizendo que eu era capaz de fazer de tudo, nem que eu tivesse que alcançar o que quero com uma escada. Acho que o que me incomoda são as pessoas, as brincadeiras constantes, as situações do dia-a-dia que tornam em momentos desconfortáveis (tipo o nervoso que bate quando o botão de solicitar a parada do ônibus não funciona e tenho que pedir a alguém/pular/me pendurar para alcançar a corda).
Sei lá, me sinto um tanto ridícula escrevendo isso. Todos nós somos vulneráveis em sentidos diferentes. Nem sei porque estou falando disso.

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